A Dupla exposição é uma técnica simples onde se pode obter resultados favoráveis em várias situações onde o constraste luminoso é muito acentuado:
1'30 secs / F18 / 10mm / iso 100 / Canon 300D
permitiu obter mais luminosidade.
O que é necessário para esta técnica ?
- Tripé (obrigatório)
- Na máquina: modo TV / Modo Manual
Como medir a cena ?
Quando temos uma cena com zonas de luminosidade muito variável, é difícil obter uma equalização homogénea do local, este exemplo mostra como uma leitura do local é efectuada:

Podemos ter uma idea de como não é fácil obter as zonas todas perfeitamente expostas,
por isso, em registos desse género, opto por utilizar a técnica de dupla exposição.
Em que consiste esta técnica ?
Este processo consiste em tirar 2 registos com velocidades diferentes, de modo a poder abranger toda a luminosidade existente na cena, vou agora utilizar seguinte exemplo, um do tipo de registos mais dificil é precisamente ter uma boa iluminação quando se tem situações de difícil medição (ex: estar de frente para o sol)
No terreno:
Em modo manual, deixei ficar a abertura para F11 de modo a garantir uma boa profundidade.
Limito-me a medir as várias partes da cena, utilizando os 9 pontos de medição que a Canon 30D possui. Sem mexer o tripé, os pontos vermelhos assinalam o sitio exacto da medição.
É necessário que o sistema de medição dê o ponto seleccionado com o resultado de 0/ev, ou seja, uma boa exposição, nem muito brilhante, nem muito forte. Mesmo no "ponto" :)
Mede-se a exposição para o topo, e no fim, a exposição para a parte inferior, também correcta.
Fiquei com velocidades diferentes: 1/250 para o topo e 1/25 para o inferior.

Em Pós-Produção:
Depois de termos "revelado" as fotos, vamos unir as duas fotos no nosso programa de edição preferido, é necessário aqui, trabalhar com layers.
Depois de as duas layers estarem sobrepostas correctamente, vamos aplicar à layer
de cima, um desvanecimento na vertical do seguinte modo:
( escondi a layer de baixo, para se visualizar melhor o efeito de desvanecimento )Recomendo fazer este processo com a layer de baixo visível, assim temos uma noção como está a ficar em tempo real.
E Voilá! Não existe muita ciência neste tipo de abordagem, aquilo que é importante é fazer correctamente as medições no local, de modo a termos duas cenas com luminosidades diferentes, para podermos uni-las na edição.
A vantagem de ter estes registos com variações drásticas de luz, é a possibilidade de transferi-las para um software de HDR, que processa as fotos e gere os vários níveis de luz, por isso são chamados "High Dinamic Range" pelo facto da sua amplitude de luz ser grande..
Considero este processo bastante simples de fazer e funciona muito bem para paisagens.
De momento está ser muito utilizado o processo de HDR também para situações de alto contraste, mas não considero que seja solução para todos os casos.
Fica para uma próxima vez, a implementação de HDR.